20 de janeiro de 2015

Menina raptada em casa há quase dois anos é encontrada na Itália

Uma história de filme. A PF (Polícia Federal) informou, nesta segunda-feira (19), que Ida Verônica Feliz, tirada a força de casa em que morava com a família adotiva em Cuiabá, em Mato Grosso, em 2013, foi localizada na cidade de Cassola, na Itália. De acordo com a PF, a menina foi achada por autoridades italianas com os pais biológicos e não foram divulgados detalhes da operação. 
Ida foi levada de casa quando tinha oito anos. Ela foi adotada com quatro meses, depois que os pais biológicos, a dominicana Elida Isabel Feliz  e o italiano Pablo Milano Escarfulleri foram presos por tráfico de drogas. 

Segundo o delegado Flávio Stringueta da GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado) e da Divisão Antissequestro da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, homens armados chegaram à residência e pediram água. A mãe adotiva, Tarcila Gonçalina de Siqueira, não estava em casa no momento e Ida se encontrava na residência apenas com a irmã, filha biológica de Tarcila.
— Homens entraram, pediram água e na hora que a mulher [irmã adotiva] distraiu, sacaram a arma e pegaram a menina. Entraram num carro branco e sumiram. Nós acreditamos que eles fugiram pela Bolívia porque tem menos fiscalização.

Stringueta ressalta que ao desconfiar que os pais biológicos contrataram os sequestradores profissionais para raptar a garota, descobriu por meio da interceptação de e-mail e de telefone da mãe biológica, que a garota estava na República Dominicana e tinha uma entrevista marcada no consulado italiano daquele País para tirar a cidadania italiana. A entrevista estava marcada para o dia 6 de maio de 2013.

— Menos de um mês depois [do desaparecimento], eu acionei a Interpol. Descobrimos que a mãe biológica estava agendando uma entrevista no consulado italiano na República Dominicana.
Mas, mesmo com o aviso, a criança não foi encontrada na época. Os pais biológicos de Ida foram presos no Brasil por tráfico de drogas. Pablo Milano Escarfulleri chegou a cumprir três anos da pena no País e depois foi expulso para a Itália. Elida Isabel Feliz estava cumprindo a pena em um presídio de Santa Catarina. Ela acabou tendo um filho na prisão e o menino ficou com uma família substituta. Mas o garoto também foi levado por Elida.

— Ela estava no semiaberto e, num fim de semana, pegou o menino e não voltou mais para a cadeia.