30 de novembro de 2018

Projetos das cidades de Irecê e Souto Soares recebem prêmio Prefeito Empreendedor


Os prefeitos de Irecê, Elmo Vaz, e o de Souto Soares, André Luiz
Sampaio, foram dois dos vencedores da 10ª edição do Prêmio Sebrae
Prefeito Empreendedor, anunciados em evento realizado nesta
quarta-feira, dia 28 de novembro, no Hotel Fiesta, em Salvador. Irecê
venceu na categoria Empreendedorismo na Escola, com o projeto
“Construir possibilidades para transformar”, e Souto Soares , levou o
prêmio na categoria Cooperação Intermunicipal para o Desenvolvimento
Econômico.

Para o prefeito de Irecê, Elmo Vaz esse prêmio é um incentivo muito
importante para continuar investindo na educação empreendedora no
município “Estamos capacitando e incentivando cerca de 400 crianças
com o Projeto Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP). A escola
na qual implantamos o projeto melhorou muito os índices do Ideb. Temos
certeza que, com este prêmio, nos sentiremos muito mais motivados para
continuar investindo e apostando em ações que fomentem o
empreendedorismo e a geração de emprego e renda”, comemora.

A educação pública de Irecê é hoje uma das melhores da Bahia, e,
segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2017,
o município está entre os três melhores desempenhos do estado,
analisando os 35 mais populosos. A média alcançada foi 5,5 e supera a
prevista para ser alcançada apenas no ano de 2021.

Neste ano, 38 projetos de diversos municípios baianos foram aprovados
na fase inicial e receberam a visita técnica do Sebrae para a
verificação do andamento das ações e as contribuições para o
empreendedorismo em suas localidades.

O gerente regional do Sebrae em Irecê, Edirlan Souza, comemorou os
resultados, e ressaltou o trabalho incansável dos prefeitos e suas
equipes para implanter ações e projetos que estimulem o
desenvolvimento local. “Nós do Sebrae ficamos muito felizes quando
visitamos municípios e prefeitos que estão engajados em fomentar o
empreendedorismo e o fortalecimento dos pequenos negócios. Foi um
honra apoiá-los nestas ações, e quero parabenizar os dois prefeitos
das cidades da nossa região, por essa grande conquista”, avalia.

Além da participação na edição nacional do Prêmio, os vencedores terão
a oportunidade de implantar o Programa Cidade Empreendedora, para os
que ainda não possuem, e ampliar os projetos já existentes com foco em
empreendedorismo.

Nara Zaneli
Agência Sebrae de Notícias Bahia

28 de novembro de 2018

Café produzido na Chapada Diamantina vira case de sucesso internacional


Irecê - O café produzido na Chapada Diamantina, região localizada no centro da Bahia, já virou case de sucesso em vários eventos, festivais e concursos nacionais e internacionais. É tão apreciado, que é exportado para o vaticano e já virou o café oficial do Papa Francisco.

Entre os vários prêmios recebidos este ano, está o Cup Of Excellence 2018, um concurso para avaliar cafés especiais. Entre os 37 premiados na categoria “Pulped Naturals”, de cerejas úmidas despolpadas ou descascadas, 46% saíram de cafezais da Chapada. No total, 17 produtores de Piatã e um de Barra do Choça estão na lista dos melhores cafés do mundo. Com o café reconhecido, em vários concursos, nacionais e internacionais, a Chapada Diamantina, além de destino turístico, passa a ser uma região disputada entre os amantes do café gourmet

O Cup of Excellence é realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Alliance for Coffee Excellence (ACE) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Durante as etapas do concurso, 29 juízes de dez países diferentes avaliaram mais de mil lotes de cafés especiais da safra 2018. Os vencedores foram escolhidos entre os 300 selecionados para a etapa final.

Nesse contexto de produção do café diferenciado e que hoje já está sendo exportado para vários países, o Sebrae tem realizado um trabalho importante com os pequenos agricultores e associações da região. Além das ações de capacitação dos cafeicultores da Chapada, a instituição está viabilizando missões com participação dos agricultores em feiras em outros estados e até países, consultorias voltadas para a qualidade do café, eventos realizados para apresentar o produto em outras cidades e ações para obter a Indicação Geográfica (IG), selo de qualidade que garante a procedência do café e suas características de produção.

Os grãos colhidos nos morros da Chapada Diamantina produzem cafés com características peculiares e se tornaram muito conhecidos pela sua qualidade e sabores especiais. Essas características advindas de fatores geográficos e de manejo tradicional, gerando um produto diferenciado, são alguns dos elementos que credenciam o café da chapada para pleitear um registro de Indicação Geográfica.

Para Luciano Seixas Ivo, consultor do Sebrae e especialista em Inovação e IG, além de reconhecer oficialmente a região que produz cafés especiais, o selo de qualidade será um registro que poderá agregar ainda mais valor ao produto. “O café cultivado na Chapada Diamantina se destaca dentre vários que são produzidos em regiões tradicionais. Encaminharemos para o registro das IG no INPI em um futuro próximo”, explica.

Renato Rodrigues Alves da Chácara Vista Alegre em Piatã é diretor comercial da Cooperativa de Cafés Especiais e Agropecuária de Piatã (Coopiatã) e um dos produtores que ganharam prêmio nesta edição do Cup of Excellence 2018. Para ele, a associação tem um papel fundamental nesta conquista. “O desafio de montar a nova cara da associação é grande, mas já vemos resultados muito positivos nesta gestão que busca o melhor para os 50 produtores que são associados. O Sebrae é nosso parceiro e tem dado um suporte importante tanto com consultorias especializadas, quanto na busca da Indicação Geográfica”, ressalta.

O produtor ressalta também que, com a premiação, o café fica valorizado e o produtor feliz com o reconhecimento. “Nosso café já é reconhecido pela qualidade e isso nos motiva a buscar sempre o melhor. Para se ter uma ideia, o café premiado chega a ser vendido em leilão, por um valor que chega a 500% a mais, do que o valor de mercado. Isso é prova do reconhecimento e da qualidade do café que é plantado na Chapada. O Sebrae vem sendo parceiro em tudo isso que está acontecendo de bom”, explica. Para ele, a Indicação Geográfica seria um fator fundamental para comprovar a origem do café da Chapada, inclusive o de Piatã, onde os fatores como clima e altitude garantem notas sensoriais ao café, que não são encontradas em nenhum outro lugar do País.

Márcia Souza, gestora de projetos do Sebrae em Seabra, ressalta a importância das premiações e do esforço dos produtores que buscam avançar e participar cada vez mais das consultorias de qualidade e missões realizadas pela instituição. “Os produtores da Chapada estão buscando cada vez mais um diferencial, para produzir um café realmente de excelência. Além do projeto de estruturação da IG, o Sebrae disponibiliza consultorias especializadas, missões e soluções de inovação”, explica.

Destaque para as produtoras

No início de novembro, um grupo de produtoras da Chapada Diamantina visitou a Semana Internacional do Café, que aconteceu em Belo Horizonte, entre os dias 7 e 9, e participou do concurso Florada Premiada realizado pelo Grupo 3 corações, empresa tradicional no ramo de cafés, em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais(BSCA). No total, 650 mulheres produtoras de café de todo Brasil se inscreveram, e as grandes vencedoras foram da Chapada Diamantina.

Na categoria Via Úmida, onde o café é descascado e despolpado, os três primeiros lugares foram da cidade de Piatã. O 1º lugar foi para Creusa Santana, o 2º lugar para Patrícia Rigno, e a 3ª colocação saiu para Deuseni de Oliveira. Já na categoria Via Seca, onde o café é seco naturalmente, a grande campeã foi Tainã Bittencourt, do café Chácara Vista alegre, que também levou o prêmio de melhor café por região, obtendo a maior pontuação de todas as categorias, com 91.27 pontos, e representando a Chapada Diamantina.

O concurso Flora Premiada distribuiu R$ 25 mil para o primeiro lugar, R$ 15 mil para o segundo e R$ 10 mil para o terceiro, além de comprar todo o lote da produtora pelo dobro do preço do mercado. O prêmio foi criado especialmente para as mulheres produtoras e visa reconhecer o trabalho árduo e de excelência que elas fazem no plantio e na colheita de cafés especiais.

O gerente regional do Sebrae em Irecê, Edirlan Souza, destaca a importância do prêmio e também da participação da produtora em ações de qualificação. “Os prêmios valorizam o trabalho diário, que é feito com muito amor pelos produtores da Chapada Diamantina. É uma luta compartilhada em família, onde as mulheres são protagonista do sucesso da colheita, feita com muita delicadeza e esmero. O Sebrae tem o maior orgulho em ser parceiro desse segmento que está ganhando mercado e chegando aos melhores estabelecimentos do mundo”, comemora.

Agência Sebrae de Notícias Bahia

27 de novembro de 2018

Sebrae Bahia reelege diretoria e apresenta presidente do conselho


Após reunião do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae Bahia, que aconteceu nesta segunda-feira, dia 26, na sede da instituição, em Salvador, foi eleito por unanimidade o novo presidente do CDE, Carlos de Souza Andrade, que é presidente do Sistema Fecomércio-BA. Na oportunidade, foi reeleita também por unanimidade a diretoria do Sebrae, que é composta por: Jorge Khoury Hedaye, superintendente; Franklin Santana Santos, diretor técnico; e José Cabral Ferreira, diretor administrativo-financeiro. O mandato, que se inicia em janeiro de 2019, é para os próximos quatro anos.
O Conselho Fiscal da organização, que também foi escolhido durante a reunião, terá o mandato iniciado em março de 2019.
O novo presidente do CDE, Carlos Andrade, é farmacêutico e tem uma trajetória com atuações no comércio e na indústria farmacêutica. Ele fundou a antiga rede Estrela Galdino e também as farmácias de manipulação A Fórmula, hoje com 74 unidades em todo país em sistema de franquia. Foi sócio fundador da Indústria de Biotecnologia Farmacêutica (IB Farma), com sede no Centro Industrial de Aratu. Baiano de Amargosa, Carlos fundou o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia e é diretor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Também é conselheiro titular do Sesc, Senac e da CNC no Conselho Nacional de Saúde.
Diretoria do Sebrae Bahia
Jorge Khoury - Natural de Juazeiro (Bahia), o superintendente do Sebrae tem extenso currículo com atuação em diversas instituições estaduais e municipais no estado. Engenheiro, economista e professor, Jorge Khoury Hedaye foi prefeito de Juazeiro, presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e deputado federal por cinco mandatos consecutivos. No Governo do Estado da Bahia, ele foi secretário da Indústria Comércio e Mineração (SICM), em 1995, quando atuou como membro do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia, e secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH, em 2003.
Franklin Santos - Administrador de Empresas com Especialização em Gestão de Projetos (FGV/EAESP), é mestrando em Desenvolvimento Regional e Urbano (Unifacs – 2014). Franklin é funcionário de carreira do Sebrae desde 1998, tendo começado suas atividades na Regional de Santo Antônio de Jesus, como estagiário em 1995.
José Cabral - Com experiência em cargos diretivos em empresas do setor privado, foi durante oito anos diretor executivo da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e diretor financeiro da Câmara Municipal de Salvador.  Natural de Amargosa, no Recôncavo Baiano, José Cabral Ferreira é graduado em Administração de Empresas e Professor Licenciado em Contabilidade Pública.

Agência Sebrae de Notícias Bahia

26 de novembro de 2018

Mais de 200 mulheres rurais se unem para discutir políticas públicas


“Pra mudar a sociedade do jeito que a gente quer, só participando sem medo de ser mulher”. Entoando essa canção, mais de 200 mulheres agricultoras familiares baianas participam do III Encontro Estadual e Mulheres Rurais, neste domingo (25).

O evento abriu a programação técnica da 9ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, maior feira de agricultura familiar do Brasil, que acontece no Parque de Exposições de Salvador, em paralelo à 31ª Feira Internacional da Agropecuária (Fenagro), até o próximo domingo (02).

O objetivo é contribuir com a integração das mulheres rurais, refletir sobre a Assistência Técnica Rural (ATER) e suas relações com as unidades produtivas familiares e os avanços econômicos das mulheres rurais, além de promover intercâmbios e dar visibilidade às diversas iniciativas de grupos de mulheres rurais e divulgar experiências de resistência e de autonomia de mulheres e dos avanços das organizações envolvidas.

Para o titular da SDR, Jerônimo Rodrigues, a luta das mulheres não é apenas das mulheres: “Esta Feira é uma conquista do povo da agricultura familiar. A população feminina no campo é significativa e a política do governo Rui Costa é de inclusão. Não podíamos fazer nada relacionado a geração de renda sem considerar a inclusão dos diversos públicos. Essa é uma agenda de capacitação econômica e política”.

A gestora da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), Célia Watanabe, afirmou que iniciar a feira com esse evento é muito significativo porque as mulheres rurais são a metade da população rural: “É preciso olhar de uma forma diferenciada para essas mulheres. A gente precisa dar visibilidade ao trabalho que as mulheres rurais vêm desempenhando em seu roçado, na sua lida, na vida comunitária. É nosso papel fomentar isso”.

O encontro contará com discussões temáticas distribuídas em plenárias, sessões, debates e rodas de conversas, intercaladas com místicas de abertura e acolhimento, oficinas artísticas e territoriais, além de apresentações culturais, contemplando poesia, música, artesanato e literatura. Entre os destaques estão as Oficinas de Bordado, com Elisa Borges, do projeto Linhas do Horizonte de Minas Gerais, e a Meu Turbante, Minha Resistência!.

A agricultora e artesã da Comunidade Quilombola Jussara do Sudoeste Baiano, Creuza Pereira, participa pela primeira vez do encontro: "Vim conhecer e levar experiências para as mulheres que não puderam vir. Na minha lembrança vou levar tudo de melhor, porque me senti representada".

Com o tema Mulher Rural, a 9ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária traz 270 empreendimentos, entre cooperativas e associações dos 27 Territórios de Identidade da Bahia, que comercializarão mais de dois mil produtos nos “Armazéns da Agricultura Familiar”. A iniciativa é do governo estadual, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e a União Nacional das Cooperativas da A

Agricultura familiar baiana ganha centro de distribuição em Salvador


Foi inaugurado, neste domingo (25), o Centro de Distribuição da Agricultura Familiar, no bairro de Itapuã, na capital baiana. O ato, que contou com a presença do vice-governador da Bahia, João Leão, integra a programação da 9ª Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária, o maior evento da agricultura familiar do Brasil, que acontece até o dia 02 de dezembro, no Parque de Exposições de Salvador, em paralelo à 31ª Feira Internacional da Agropecuária (Fenagro). 

A iniciativa é do Governo do Estado, executada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), com investimento da ordem de R$ 1,2 milhão. O Centro de Distribuição integra a estratégia de comercialização dos produtos da agricultura familiar. No espaço se encontram depósitos fechados de cooperativas baianas, em Salvador, para facilitar o escoamento da produção.

O secretário da SDR, Jerônimo Rodrigues, destacou que, com o centro de distribuição em funcionamento, a agricultura familiar baiana vai ter a possibilidade de produzir em larga escala e atender à demanda de comercialização: “É mais uma oportunidade de demonstrar a força da agricultura familiar, segmento responsável pela produção do alimento que vai à mesa de 70% dos brasileiros e baianos”.

Para o diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, essa é uma oportunidade para as cooperativas da agricultura familiar trazerem seus produtos, em grande quantidade, armazenar no Centro de Distribuição, e fazer as vendas para supermercados, delicatessens, padarias: “O Governo quer estimular as cooperativas para que elas façam mais vendas nesse grande mercado de oportunidades, que é Salvador. Sem essa logística, de passar por um centro de distribuição, como esse que estamos inaugurando, ficaria mais difícil fazer a venda direta”.

De acordo com Iara Andrade, da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), a chegada do Centro de Distribuição está sendo mais uma conquista, por ter um espaço para armazenar e a partir dele distribuir, mas que também é um desafio pela necessidade de ampliar o mercado. Andrade observou que a ação vai possibilitar ainda a redução de custos para as cooperativas, com transporte de mercadorias”.

“O Centro de Distribuição será um instrumento para os agricultores e agricultoras familiares, organizados em cooperativas, poderem ter um espaço para armazenar produtos de diversas regiões do estado, que é imenso, que chega aqui e daqui é distribuído em pequenos veículos para atender, principalmente, ao mercado varejista de Salvador e da região metropolitana, ou a mercados institucionais”, observou Andrade.