7 de outubro de 2013

Aliança com PSB 'ainda é muito polêmica', diz Marina Silva em vídeo

Em vídeo de 4 minutos postado no final da tarde de sábado (5) nas redes sociais, a ex-senadora Marina Silva fala à sua militância sobre o acordo fechado com o PSB de Eduardo Campos e reconhece que a união "ainda é muito polêmica". "Sei que isso é ainda muito polêmico entre nós, mas não tenho dúvida de que essa foi a atitude mais acertada para nos afirmarmos com um partido e influenciar a política brasileira a partir do nosso programa", diz Marina. 

  Desde então, a mensagem, postada no Facebook e no Twitter (onde Marina tem 766 mil seguidores), tem motivado comentários críticos --vários dizem que deixarão de votar na ex-senadora--, de apoio e de cobrança de que Marina não aceite a condição de vice de Eduardo Campos. "Sempre fiz muita campanha para Marina Silva e ela se tornou um ícone... Mas essa decepção foi muito grande. Uma jogada puramente eleitoral, contra tudo que ela sempre falava... E ainda VICE!!! Muito ruim", escreveu o seguidor Matheus Marques. "Não queremos Eduardo Campos, queremos Marina para presidente", disse Luciana Lima Gomes. 

  "Ganhou meu voto. Essa política onde PT e PSDB estão 'reinando' tem que acabar", contrapôs Igor Lins Tolêdo. O vídeo foi compartilhado até as 21h de hoje  por 1.769 pessoas no Facebook. Havia ainda 1.096 comentários. Algumas pessoas contrárias à possibilidade de Marina ser vice de Campos espalharam ainda na internet um "santinho" com os dizeres: "Eu quero Marina Silva candidata à Presidência pelo PSB". "Estou me filiando para mostrar que o nosso partido vai participar influenciando os rumos do país. Aqueles que pensaram que nos tinham abatido na pista não lograrão sucesso", diz Marina no vídeo. 

EDUARDO CAMPOS
Em nenhum momento ela cita o nome de Eduardo Campos ou a possibilidade de apoiar a sua candidatura presidencial. Tampouco fala em vice-candidatura. Na entrevista coletiva em que anunciou o acordo, ontem, Marina deixou claro que apoia a candidatura de Campos. Mas ambos não quiseram falar em possibilidade de a ex-senadora ser vice. O acordo ocorreu após a Justiça Eleitoral negar a criação da Rede Sustentabilidade, partido que Marina tentava montar para disputar a Presidência da República. A maioria dos ministros do tribunal entendeu que ela não conseguiu demonstrar ter obtido o apoio popular mínimo exigido em lei. Na última pesquisa do Datafolha, do início de agosto, Marina pontua com 26% das intenções de voto. Eduardo Campos tem 8%.

Veja o vídeo divulgado por Marina Silva: