29 de julho de 2013

JMJ deixa legado de evangelização aos jovens

Os ensinamentos do papa Francisco, a união de jovens vindos de todo o mundo para celebrar a fé católica e tantas experiências proporcionadas pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se encerra hoje, constroem um legado. Especialistas e jovens peregrinos ouvidos pelo O POVO descrevem uma Igreja alegre, unida, acolhedora, que convida os jovens a serem protagonistas da evangelização.

De acordo com o responsável setor de juventude da Arquidiocese de Fortaleza, padre Francisco José Duarte, o legado mais importante da JMJ é essa face da Igreja que as pessoas tinham esquecido, a alegria de ser de Deus. Ele também destaca falas de papa Francisco sobre a importância dos valores imateriais, como honestidade e honradez. “Outro legado é mais eclesial, que é a unidade das diversas expressões de evangelização juvenil. É percebermos que todos estamos trabalhando para o mesmo objetivo, que é anunciar Cristo”.

Conforme padre Edilberto Reis, a JMJ foi um despertar da juventude, demonstrando a vontade que os jovens têm de buscar a Deus. “Uma das heranças será a vontade da juventude de anunciar, proclamar o evangelho”. O acolhimento também é uma marca a ser deixada pela Jornada. “O papa Francisco tem esse dom, que revela a Igreja acolhedora, que acolhe não só os jovens, mas também os políticos, as pessoas que sofrem com as drogas, todo mundo. O papa acolhia todos com o mesmo sorriso”.

Padre Edilberto reforça ainda que a JMJ é um momento de celebração do empenho do jovem de ser Igreja. Segundo ele, a Igreja tem realizado sempre várias atividades voltadas para os jovens. A Jornada, portanto, não é uma ação pontual, argumenta. Segundo ele, as dioceses do mundo inteiro realizam eventos locais.


Lições

Para o missionário da Comunidade Católica Shalom, o cearense Vitor Aragão, 22, primeiro a Jornada deixa o legado da Igreja que se volta para os pobres e humildes, para que as pessoas optem por outros valores. Ele menciona também o legado da unidade, que agregou pessoas vindas de todo o mundo, com culturas muito diferentes. “E o mais importante é destacar os jovens como protagonistas da nova evangelização, não mais como meros espectadores. A Igreja não é mais distante dos jovens, mas sim está dentro deles”.

Para a estudante universitária Naira Faria, 21, que enfrentou dificuldades no alojamento e foi abrigada pela família de um amigo, a Jornada trouxe lições de fraternidade e renovação da fé e de reconhecimento de Cristo no outro. “A Igreja tem uma realidade espiritual muito profunda. Saio daqui com a esperteza revigorada e com a certeza de que Cristo vive, é bom e é real”.