26 de dezembro de 2013

Menina que foi estuprada e morta mandou carta ao Papai Noel uma semana antes de crime

Uma semana antes de ser assassinada, a garota Iasmim Martins de Souza Silva, 8 anos, escreveu para o Papai Noel dos Correios pedindo presentes para ela e para familiares. Uma administradora de empresas pegou a carta e ao ler notou que se tratava de Iasmim, que foi morta a pauladas depois de ser estuprada em Catalão (Goiás). A voluntária, que não quis se identificar, atendeu aos pedidos feitos e presenteou a mãe e os irmãos da menina.

Na carta, a garota pede roupas, sapatos e cesta básica. "Meu nome é Iasmim. Tenho 8 anos, preciso de sapatos e roupas para mim e meus irmãos. Quem tiver para dar também mochilas e brinquedos, também aceito. Queria pedir uma cesta (de alimentos) para minha mãe, pois ela é muito especial e cuida de nós sozinha. Quem ler essa carta, e puder ajudar, ficarei abençoado (sic) e agradeço a Deus. Desejo um feliz Natal para quem tiver roupas para doar para minha mamãe. Fico agradecida. Feliz Natal", diz a carta.

A voluntária ficou emocionada ao perceber que a carta era da garota assassinada. Ela procurou a família da criança para entregar os presentes. "A família inteira ganhou. Chegaram roupas e brinquedos para o irmãozinho pequeno. Também ganhamos a cesta que ela pediu. Ela (Iasmin) pensava em todo mundo", disse a mãe da garota ao G1.

Leidiane disse que ficou feliz em receber os presentes, mas que deseja mesmo era ter a filha com ela durante o Natal. "É muita saudade, pois eu pensei que este ano passaria o Natal com ela. O vazio é muito grande".

Crime
A menina foi encontrada morta no último dia 9 em uma obra da cidade de Catalão. Ela estava desaparecida desde o dia anterior, quando saiu da casa da avó para ir encontrar a mãe em uma feira onde ela estava trabalhando.

Na manhã seguinte, um pedreiro encontrou o corpo na obra onde trabalha. "Cheguei e nós trabalhamos um pouquinho. Quando olhei lá dentro, me deparei com a criança morta lá e chamei outro colega meu para olhar. É triste de ver. A cena é lamentável", lembra Luizmar Bernardes.

As investigações sobre o crime continuam. Um pedreiro de 37 anos, considerado suspeito, chegou a ser preso porque tinha mandado de prisão contra ele em aberto por outro crime. Ele negou a autoria do crime e disse que Iasmim era amiga de sua filha. Ele está preso em uma cela especial da cadeia de Catlão, porque no presídio local sua presença causou uma tentativa de rebelião.