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O clima no sul da Bahia é tenso. Indígenas e produtores rurais disputam uma área de 47.376 hectares (cada hectare equivale a um campo de futebol), delimitada pela Funai (Fundação Nacional do Índio) em 2009. Desde a data da delimitação, os tupinambás cobram do Ministério da Justiça o reconhecimento de que aquela área é território tradicional indígena. Enquanto índios dizem que a área se trata de terra sagrada e afirmam que estão apenas retomando o espaço, produtores rurais dizem que são donos legítimos do local.
Em agosto, o governo federal enviou tropas da Força Nacional de Segurança, o que não impediu novos confrontos. Duas semanas após a chegada das tropas, um trabalhador rural foi baleado e um índio morreu atingido por tiros. No último dia 25, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), reuniram-se com líderes indígenas e proprietários rurais para tentar mediar o conflito. O governo federal e o da Bahia afirmaram que iriam elaborar um plano de segurança para a região, sobre o qual nada foi divulgado ainda. Folha